Viver Bem: Entenda os gatilhos emocionais

Essa reação emocional intensa precisa de atenção e compartilhamento, para que outros ajudem quem sofre com ela

Por: Nathália de Alcantara  -  12/06/21  -  18:57
 O perigo dos gatilhos é que praticamente qualquer coisa pode desencadeá-los
O perigo dos gatilhos é que praticamente qualquer coisa pode desencadeá-los   Foto: Usman Yousaf/Unsplash

Sabe aquela situação, pessoa, palavra, opinião ou momento que provoca uma reação emocional intensa dentro de nós, causando raiva, tristeza, medo ou saudade? Esse sentimento tem nome e sobrenome: gatilho emocional, e precisa de atenção especial.


Apesar de parecer algo simples e corriqueiro, a psicóloga Mariana Teixeira explica que o perigo dos gatilhos é que praticamente qualquer coisa pode desencadeá-los, do nada.


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“Cada pessoa tem o seu gatilho, pois isso está ligado ao seu passado, suas experiências. Isso torna o tratamento dessa condição um pouco mais complexo do que se imagina, mas é algo que deve sempre ser cuidado com atenção”.


Ela explica que um simples tom de voz, tipos de pessoa, pontos de vista específicos e uma palavra usada no dia a dia podem desencadear uma reação emocional.


“Com o tempo, a pessoa deve ter uma percepção do que causa esse tipo de reação. É importante se perguntar: ‘o que aconteceu para que eu me sinta assim?’. Identifique isso aos poucos e tente buscar a origem dessa reação.”


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O psicólogo Carlos Eduardo Santiago explica que saber de onde o gatilho vem ajuda na recuperação. “É a maneira mais fácil de evitar que ela ocorra. Quando não dá para desviar do gatilho, é possível ao menos tentar estar mais preparado para lidar com ele”.


Ele diz que as situações mais comuns são algo vivido na infância, uma experiência negativa em um relacionamento amoroso ou algum trauma no trabalho. O especialista alerta que é fundamental compartilhar essa situação com pessoas próximas para que elas saibam evitar a situação quando estiverem com você. Ou ao menos te apoiar quando a reação emocional aparecer.


O problema


Alguns disparos afetam mais gente, como cenas de violência, pessoas chorando, gritos ou o escuro. O detalhe é que não só essas situações causam gatilhos emocionais. “Até mesmo cheiros entram na lista de possibilidades. Tudo depende da história de cada um, de como a pessoa lidou com determinada situação”, explica a psicóloga Maria Eduarda Fernandes.


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Ela destaca que os gatilhos são diferentes de crises de ansiedade e pânico, por exemplo, pois essas não necessariamente têm ligação com situações recentes. “As pessoas têm feridas internas e muitas preferem fingir que elas simplesmente não existem, não indo além da superfície do sofrimento. Essa é a pior saída, pois não se resolve o problema de fato. Algumas crises vão além dos gatilhos e têm origens mais profundas. Por isso, é importante buscar ajuda”.


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