Entre segunda (7) e terça-feira (8), policiais que da 3ª Delegacia da DEIC do Deinter-6 de Santos, juntamente com equipes da Polícia Civil do Estado do Pará, efetuaram prisões de pessoas envolvidas com golpes contra uma empresa de distribuição de energia elétrica nos Estados do Pará e Maranhão, que gerou um prejuízo em R$ 1.200.000,00.
Há um ano, equipes policiais da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) do Pará investigam uma organização criminosa acusada da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, furto mediante fraude, falsificação de documento, estelionato e invasão de dispositivo informático com o objetivo de obter prejuízo econômico.
No primeiro semestre de 2020, hackers invadiram uma recém lançada plataforma digital da companhia elétrica e tiveram acesso aos dados cadastrais dos usuários. Fazendo uso de alta tecnologia, os criminosos alteravam o e-mail cadastrado para recebimento da fatura.
Desta forma, quando a fatura verdadeira era encaminhada ao e-mail falso, os acusados mudavam o código de barra e reenviavam a fatura ao e-mail verdadeiro do cliente.
Sem conhecimento do esquema fraudulento, os consumidores efetuavam o pagamento, que tinha como destino a conta de pessoas utilizadas como 'laranjas'. Sem a conta paga, os consumidores tinham o fornecimento interrompido, acarretando grande prejuízo econômico.
Buscas e prisões
Nesta primeira fase da Operação 'Energos' foram cumpridos mandados de busca e prisões temporárias na região da Baixada Santista.
O primeiro alvo da operação é um homem de 54 anos, que foi localizado no momento em que ministrava aulas em uma escola particular em Santos. Ele é apontado como responsável pela invasão no sistema da empresa de energia. Na casa dele foram encontrados documentos, dispositivos de armazenamento, celulares, chips e um notebook, que estava com a câmera coberta com um adesivo.
Em Guarujá, duas irmãs (de 40 e 42 anos) foram presas quando saíam de um prédio, localizado na área nobre da cidade. Uma delas já praticou diversos golpes no setor imobiliário da região e registra antecedente criminal pelo crime de estelionato. Elas são apontadas como autoras intelectuais do esquema milionário. Na residência das irmãs, celulares, documentos, computadores e folhas de cheque foram apreendidos.
Os três presos foram conduzidos à DEIC do Deinter-6 de Santos e, em seguida, foram encaminhados à cadeia onde permanecem à disposição da Justiça. Todo material apreendido será periciado em Belém.