Outro dia, na fila do mercado, uma senhora se irritou porque o caixa não entendia direito sua explicação. A voz subiu, a palavra virou lâmina, o silêncio constrangido se espalhou pelo corredor. Ninguém apanhou, não houve sangue, mas ficou no ar uma ferida: o gesto banal, quase invisível, de violência cotidiana